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Puberdade: o início das complicações

Se na infância as crianças querem mais do que tudo se sentir iguais às outras da “turma”, a partir da puberdade queremos mais do que tudo ser diferentes de todas as outras pessoas. É evidente que isso nos impulsiona na direção da busca da individualidade [...]. É fato também que isso provoca um aumento da solidão, que pede um “grande amor”. O grande amor é fantasiado como uma coisa extraordinária, fato que também agrada à vaidade: é uma forma de ser especial e único a dois! [...]

A vaidade traz esse reforço da individualidade, traz uma preocupação muito maior com a aparência física, com os sinais externos de posição social — grife nas roupas, por exemplo — e traz consigo uma nova dor: a humilhação. Não sei se ela é completamente nova, mas, durante o período infantil, o sentir-se por baixo, o ser colocado num plano mais submisso, o fato de perder uma disputa, tudo isso dói muito menos do que na fase adulta. Ter sucesso faz bem para a vaidade, porém fracassar é uma humilhação terrível. Isso vale para qualquer assunto: para as paqueras, para o jogo de futebol, para o vestibular e assim por diante. A dor é muito forte.

Onde existe dor forte costumamos levar as coisas a sério, porque queremos nos proteger contra essa dor, tentar evitá-la. Dessa forma, a partir da puberdade todas as coisas da vida passam a ser coisa séria. O que era “jogo-treino” passou a ser jogo “válido pelo campeonato”. A partir daí, tudo é para valer. É evidente também que ninguém se acha perfeito e completamente equipado para esse jogo. Ninguém acha que Deus foi suficientemente generoso e lhe deu tudo com que sonharia. Uns acham que são baixos demais, outros, que o nariz é muito grande; para outros, o problema é o cabelo crespo ou liso demais. Alguns se revoltam contra a posição social e econômica da família, se tornam adolescentes difíceis e não raramente buscam nas drogas e nas turmas de colegas o consolo para suas insatisfações e incompetências. Buscam, por aí, a saída errada, um caminho de maus resultados. A época é difícil mesmo. Os sentimentos de inferioridade são inevitáveis. Tudo dói muito. Tudo dá medo, mas é preciso coragem e força interior para seguir viagem.

(Flávio Gikovate. Namoro — Relação de amor e sexo. São Paulo: Moderna, 1993)

7 comentários:

Mariana disse...

Belo texto!Descreve perfeitamente o que nós sentimos.

Aracy disse...

Belo texto!Descreve perfeitamente o que nós sentimos. [2]

LeksLuttor disse...

Belo texto!Descreve perfeitamente o que nós sentimos. [3]

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texto da prova *o*

CELSO CAMISA 9 disse...

belo texto!descreve perfeitamente o que nós sentimos[4]!!!!! RONALDO!!!!!!!!

gui.happy disse...

nossa custei a ler e grandissimo, mas no microsoft world isso da apenas 1 pagina e um pouco

gui.happy disse...

pqq todos estao escrevendo a mesma coisa?respondam aew...
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Belo texto!Descreve perfeitamente o que nós sentimos. [5]

Anônimo disse...

muuuuuito bom fessor!!

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